O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, prometeu neste sábado, 16 de Março de 2024, a criação de uma frente nacional para as autarquias, quando discursava no acto de massas de comemoração dos 58 anos da fundação da UNITA, realizado no município do Talatona, província de Luanda.
O líder do maior partido na oposição em Angola falava no âmbito do 13 de Março, data que assinala a fundação da organização partidária, em que apelou também a participação de todos os cidadãos de todos os extratos sociais em todos os municípios do país a contribuir no melhoramento do Projecto de Lei do seu partido, apresentado recentemente pelo Grupo Parlamentar do partido, para a implementação das eleições autárquicas, a ser entregue com urgência na Assembleia Nacional no próximo mês de Abril, afirmando que sem autarquias não há democracia participativa, pelas comunidades locais.
“Também para fazermos vincar o pensamento de Muangai, é preciso uma maior participação de todo o povo, na procura de soluções que lhe digam respeito: eu falo das autarquias. Sem autarquias não há democracia participativa, pelas comunidades locais”.
“Com as autarquias, quem dirige é alguém que é escolhido pelo povo, é alguém mandatado pelo povo, é alguém que tem a sensibilidade dos problemas do povo. Não é alguém nomeado, que sabe de ante-mão que, mesmo quando não governa para o povo, sabe que o seu lugar está garantido. Porque, ele não é eleito, ele faz parte de um sistema de escolhas. E, este é o nosso verdadeiro problema e é preciso mudar já, esta realidade. Já!”, apelou o responsável partidário.
“Por essa razão, a UNITA apresentou já o seu Projecto de Lei para as autarquias, para ser debatido por todos: pela sociedade civil, por homens com opinião, por empresários, por membros e não membros da UNITA; por estudantes, por trabalhadores. Esta auscultação como todos sabem, está em decurso, e vai se fazer até ao dia 4 de Abril próximo”, disse o responsável partidário, para quem, “é importante que em todos os municípios do nosso país se participe neste debate, e nesta ampla auscultação. É muito importante que cada um de vós se envolva, que traga a sua opinião, para que como resultado final, tenhamos um Projecto de Lei que corresponda a vontade dos angolanos no seu todo”.
“Contribuam todos, com as vossas opiniões, para aperfeiçoarmos um Projecto Lei que é de todos, e preparemo-nos para o lançamento de uma ampla frente nacional para as autarquias, cuja criação foi aprovada pelo nosso último Congresso”, disse Adalberto Costa Júnior, que prometeu a criação da uma frente nacional para as autarquias, defendendo igualmente que a FPU é uma opção inspirada no pensamento do Presidente fundador desta força partidária, Jonas Malheiro Savimbi, e aprovada no seu último Congresso.
“Com candidatos autarcas, com candidato para as autarquias, a FPU – a Frente Patriótica Unida vai fazer um trabalho por todo país, em que cada uma das suas partes, mantendo a sua identidade, vai trabalhar no sentido de encontrarmos os melhores representantes locais, para poderem ser os candidatos às autarquias, não importa que não sejam militantes, o que importa é que estejam prontos a respeitar o programa que foi abraçado pelos munícipes das suas localidades”.
“A frente unida foi e continua a ser a nossa opção, e inspirados no pensamento do Presidente fundador, o Dr. Jonas Malheiro Savimbi, que mesmo em Alvor, reafirmou a sua firme convicção, de que perante os desafios daquele tempo, perante às dificuldades daquele tempo, ninguém estava em condições de os enfrentar sozinho. Ninguém”, disse o Presidente da UNITA, que agradeceu o carinho e apoio que o seu partido tem granjeado juntos dos angolanos em todo o país e dos presentes no local do acto.
“A UNITA agradece as manifestações de carinho e apoio que tem recebido por todo o país, manifestações que mesmo hoje se encontram aqui, com a vossa presença. E, tudo fará, com a aprendizagem e a sensibilidade necessária, para que todos juntos: todos juntos, possamos criar uma frente nacional para as autarquias e juntos realizadas as autarquias, realizarmos a alternância que realiza o sonho de todos os angolanos; a alternância do regime, que resgata o país, que traga dignidade a todos os angolanos; que traga um governo responsável, que traga um governo que não queira tratamento desigual, que traga um governo que respeita a constituição, e que respeite o seu povo”, garantiu o líder partidário.
