O gasóleo passou a custar a partir de 23 de Abril do ano em curso 200 Kz por litro, contra os 135 Kz praticados anteriormente, dando continuidade ao processo de retirada de subvenções aos combustíveis levado a cabo pelo Governo.

Economista Nataniel Fernandes afirma que, “com a retirada do subsídio ao gasóleo vai ter um impacto grande nos custos de vida da população. O aumento foi de mais ou manos 48 por cento. Este aumento é um aumento significativo, vai impactar o custo das empresas, muitas empresas dependem do gasóleo para os transportes, mas também para as suas operações”.

“Vai impactar desde as indústrias, as empresas do comércio e as empresas transportadoras. Este custo acrescido das empresas vai fazer com que muitas delas que já não eram competitivas, se comparadas com as empresas internacionais, se tornem ainda menos competitivas”.

O jurista Joaquim Jaime, defende que apesar do contexto socioeconómico desaconselhável, é necessário o aumento gradual dos preços dos combustíveis, e defende que com a medida o governo arrecadará mais de 3 bilhões de dólares anuais.

“Embora que do ponto de vista da gestão das espectativas, gestão dos sentimentos, não se aconselhava que fosse agora, mas também compreendo que, a negociação com os sindicatos vai ser muito longa, em virtude da forma como foi composta a pauta reivindicativa”.

Para o jurista, “Só para ter uma ideia, a subvenção dos combustíveis custam mais de 3 bilhões de dólares anuais, e se retiram essa subvenção, liberta-se 3 bilhões de dólares que poderiam ser investidos noutros sectores: na economia e nas questões sociais”.

E, o especialista em questões de segurança social, Anselmo Kundumula diz ser inevitável uma convulsão social no país, devido a subida continua dos preços. “Eu penso que será inevitável essa insatisfação, porque o povo está saturado. A qualquer momento pode surgir esta convulsão social. O governo é que está a provocar o povo. Quer dizer: não basta a maldade, mas ainda assim aflige cada dia, todos os dias o povo no seu silêncio”.