O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, apontou neste fim-de-semana, 28 de Abril, 2024, na Rádio Eclésia de Benguela, uma postura passiva da embaixada norte americana no país, que considera parcial, face a posição que o consulado americano tem tido sobre a actual situação socioeconómica dos cidadãos e governação do Presidente angolano, João Lourenço.
Adalberto Costa Júnior falava à margem do lançamento do livro “Estado Rico, Estado Pobre – Por quê alguns países são bem sucedidos e outros fracassam?” do escritor americano Gregg Mills.
“Os americanos têm tido uma dupla face aqui, nesta questão. Há relatórios do Fundo Monetário Internacional que elogia ao governo, ao mesmo tempo que aqui afirma que, que há relatórios que perante a pésimas governação trazem a verdade; há outros que os trazem adormecidos, fazem elogios e este último do Fundo Monetário do Banco Mundial é recente também, com elogios da actividade do governo sobre a gestão da coisa pública e das finanças. Portanto, veja aqui interesses que colidem com a verdade”.
“E, tem havido uma postura americana que tem fechado os olhos àquilo que tem sido o desastre angolano. Não sei se esta dureza da abordagem; porque deixamos muitos exemplos, está a trazer mudanças de postura”.
O responsável da UNITA defendeu que a embaixada americana tem trabalhado fora do modelo definido pela sua Secretária do Estado, Hilary Clinton, que é a cooperação com o país, e não com o governo partidário do MPLA.
“Eu deixo aqui alguns exemplos: esteve cá a Secretária do Estado, Hilarry Clinton , e definiu o modelo de cooperação com Angola. O Estados Unidos não cooperam com o governo de Angola, cooperam com o país: com os cidadãos, com a sociedade e com o país”.
“A actual embaixada dirige o modelo de cooperação partidária, os governantes que vêm aqui falam apenas com o governo partidário do MPLA, recusam o encontro com as organizações da sociedade civil, recusam o encontro com a pluralidade, e isto é responsabilidade de quem está aqui também a fazer um mal trabalho, para aquilo que é uma representação que representa um país onde há separação de poderes”.
Para o líder partidário, “Angola hoje representa uma imagem, uma radiografia real desastrosa, de ainda menos de dois anos pós eleições de João Lourenço, que não houve ninguém, não dialoga com ninguém; não houve os seus próprios colegas e está a transportar Angola, para um desastre. Digo isto para ser ouvido, digo isto para que os seus conselheiros nos ouçam e ganhem coragem de lhe dizer a verdade. Porque, sendo ele quem dirige os destinos deste país ao nível da governação, nós temos que fazer uma inversão destas tendências”.