O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, que falava nesta quarta-feira, 8 de Abril de 2024, à sua chegada na província do Huambo para as jornadas do dia do deputado da UNITA a serem realizadas pelos 90 deputados da UNITA, FPU e sociedade civil naquela província, homenageou Raúl Danda, o patrono dos deputados do segundo maior partido do país, falecido a 8 de Maio de 2021.
Na sua intervenção, o líder da UNITA recordou também o esforço de todos os angolanos que deram o melhor de si para um país melhor para todos os angolanos, afirmando que, esta Angola não realiza o sonho dos nacionalistas que lutaram pela independência.
“O Dr. Raúl Danda que nos deixou há dois anos, exactamente há dois anos numa manhã muito triste, e hoje trouxeram aqui a questão de termos o aniversário neste dia. Imaginem o que é estar a cumprir uma missão fora do país, uma missão importante e de manhã cedo termos recebido uma chamada a dizer-nos que o nosso companheiro nos tinha deixado, foi muito violento; muito violento, muito difícil”.
“Três anos, exactamente estamos a aqui a corrigir: três anos. Mas dizer que, a UNITA e o Grupo Parlamentar souberam direccionar à Raúl Danda a merecida homenagem. Porque, o nosso companheiro quando nos deixou era indiscutivelmente o referente maior no âmbito do grupo parlamentar, no âmbito da Assembleia Nacional, quando tomava a palavra muitos paravam; o país parava para ouvir. Atingiu uma grande maturidade. E, eu dizia lá no Luvili: “nós nascemos, crescemos, caímos, levantamos; ficamos com mais maturidade””.
O Presidente da UNITA, considerando igualmente que, “o Dr. Raúl Danda deixou-nos numa altura que estava com uma maturidade extraordinária faz-nos muita falta. Mas ele é um referente e exemplo de tantos outros que deram tudo que tinham de melhor, para a construção da Nação, e que nos deixaram. E, seguramente aqui todos têm um referente que lutou, se entregou, e que partiu, mas que se olharmos hoje para Angola que temos, essa Angola não realiza o sonho de quem se dedicou à construção da nação”.
Para o Presidente da UNITA, “esta Angola não realiza o sonho dos nacionalistas aqueles que lutaram pela independência”.
O responsável da UNITA recordou em particular os, 50 anos de libertação dos angolanos presos políticos colonial tanto do MPLA como da UNITA e angolanos nacionalistas em geral que passaram pela prisão do Tarrafal, em Cabo Verde.
“Foi importante, esta partilha, porque o estado cabo-verdiano decidiu fazer uma grande cerimónia, ao comemorar os 50 anos da libertação dos presos de Tarrafal, e este ano tivemos uma cerimónia onde estiveram vários Presidentes da República; e foi uma delegação de Angola, e o Dr. Justino partilhou connosco que, ele foi convidado, primeiro sozinho, e ele impôs que não podia ir sozinho: ele devia ir com o testemunho e a presença de todos aqueles que tendo sido libertados ainda estavam vivos, e pelo que acabaram de ouvir, ainda dois membros da UNITA estiveram este ano em Tarrafal, e a todos eles a nossa homenagem”.
“Mas, na continuidade do que vínhamos dizendo: a Angola porque lutaram todos estes nossos mais velhos, antigos combatentes, nacionalistas; patriotas não é esta, que nós temos hoje”.
