O deputado à Assembleia Nacional e Coordenador dos deputados da UNITA na província de Malanje, Mardanês Kalunga falava nesta terça-feira, 14 de Maio de 2024, em conferência de imprensa que visou esclarecer a tentativa de morte do deputado da UNITA Carlos Xavier, do circulo provincial de Malanje, nesta segunda-feira, 13 de Maio, tendo assegurado que a UNITA e a Frente Patriótica Unida não vai vergar-se às ameaças do regime ditador.
Garantiu o deputado da UNITA, e instou a polícia nacional a esclarecer o sucedido, e insta as autoridades competentes a redobrar esforços e acionar mecanismos que permitam devolver a segurança e a confiança das entidades, em particular dos deputados e cidadãos em geral.
O também Secretário Provincial da UNITA na província de Malanje denunciou igualmente que desde a realização das eleições de 24 de Agosto de 2022 que os deputados da UNITA eleitos pelo círculo provincial de Malanje têm vindo a ser vítimas de ameaças de tempo em tempo através de telefonemas anónimos com terminais telefónicos não registados.
“Depois da eleições de 24 de Agosto de 2022, em que a UNITA por meio da Frente Patriótica Unida vence as eleições e é impedida pelo Tribunal Constitucional e a Comissão Nacional Eleitoral, de formar governo, os deputados da bancada parlamentar da UNITA eleitos pelo círculo provincial de Malanje têm vindo a ser vítimas de ameaças de tempo em tempo através de telefonemas anónimos com terminais telefónicos não registados”.
“Junta-se a este facto o tratamento diferenciado a que os deputados da UNITA em Malanje têm estado a sofrer por parte das autoridades locais”, realçou responsável provincial.
Para o deputado, “a Frente Patriótica UNITA vem nestes termos condenar a tentativa de eliminação física dos dirigentes oponentes ao regime. A UNITA e a Frente Patriótica Unida, em nome deste povo sofredor, não vai vergar-se às ameaças do regime ditador, pelo contrário, reafirmam o seu vivo compromisso de continuar a defendê-lo até as últimas consequências, e insta as autoridades competentes, no sentido de redobrar esforços e acionar mecanismos que permitam devolver a segurança e a confiança das entidades, particularmente dos cidadãos em geral”.
Madanês Kalunga desmente a versão da Polícia Nacional sobre o ocorrido que afirma ser um acto acidental, justificando que o deputado Carlos Xavier não era o alvo dos meliantes. Para o parlamentar a justificação da Polícia Nacional não colhe, e esclarece minuciosamente como tudo aconteceu.
“Não colhe. As coisas aconteceram o seguinte: o deputado estava a sair do mercado, de repente aparece um mota do lado da porta do deputado; vai e fecha a viatura, o motorista atento vê o pindura da mota a sacar a arma, e ele grita ao escolta dizendo: este homem vai disparar contra a viatura do chefe. Rapidamente, como o carro estava a trabalhar, o motorista arranca em grande velocidade, e até estava a gritar para que o escolta disparasse, só que não havia angulo de como o escota disparar, talvez”.
“E, o homem salta rapidamente da mota e faz disparos contra a viatura do deputado, atinge primeiro o pneu, depois atinge a porta do motorista. A intenção dos meliantes era atingir o motorista, para o veículo parar, depois só assim eles podiam fazer o que bem entendessem”.