O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, acusou recentemente na província do Huambo, o Presidente da República de desperdícios financeiros, devido as constantes viagens para o exterior do país em aviões luxuosos alugados. O portal de notícias Club-k, o aluguer da aeronaves usada por João Lourenço custa 64 mil dólares a hora.
O Presidente da UNITA falava no encerramento das jornadas do “Dia do Deputado” realizada na província planáltica do Huambo de 8 a 12 do mês em curso.
“Que neste período o país continua a gritar por fome, e que o Presidente continua a passear pelo mundo, com aviões de extremo luxo, todos eles alugados fora do nosso país. Afinal onde está a frota da TAAG? Porque é que o chefe de estado tem de viajar sempre em aviões alugados no estrangeiro, luxuosos, de tal modo que os presidentes dos países industrializados não ousam praticar tal despesismo”.
“Perguntamos: porquê os banquetes de extremo despesismo fora do nosso país, em simultâneo com a greve geral dos trabalhadores? Greve que envolveu todas as centrais sindicais, e uma indisponibilidade ao diálogo por parte do nosso governo. Vamos pedir dinheiro lá fora, e mostramos luxo extremo lá fora e cá dentro: despesismo e insensibilidade”.
Adalberto Costa Júnior voltou a manifestar a sua tristeza e indignação perante a fome e o sofrimento que a população sofre e em particular o povo do Huambo, rejeitando não ser este o actual destino merecido para o país e em particular para aquela região territorial.
“O grupo parlamentar trabalhou ontem e trabalhou hoje, nas comunas e nos municípios da província do Huambo, dormiu nas comunas; mesmo sem hotéis ou residenciais, com o espírito de proximidade, de solidariedade, perante um sofrimento que se reconhece, mesmo no olhar das nossas crianças”.
“O que mais escutamos durante esses dois dias foi: temos fome; hoje mesmo escutava: comemos ratos e lohengos, é impressionante; nesta província outro hora exportadora de produtos de campo, para todo o país, e mesmo para fora de Angola; uma província com uma enorme indústria naquela altura, uma indústria transformadora que hoje desapareceu. Queremos aqui afirmar, em bom som, que este não é o destino que aceitamos para este país e para esta província; para este tão nobre povo”.
Para o líder da UNITA, “Angola não tem razão alguma para estar com índices de subdesenvolvimento, com índices de subdesenvolvimento sustentáveis tão baixos: estamos totalmente afastados do cumprimento dos dezassete objectivos do milénio”.
O Presidente da UNITA apelou aos deputados do seu partido maior fiscalização dos actos do governo e manter proximidade constante junto da população.
“Vossas excelências têm orientação substantiva, têm metas e têm programas. Todos sabem o que têm de fazer, pelo que há que arregaçar as mangas. Não precisam de jornadas especialmente definidas, para estarem na permanente proximidade com as comunidades. Senhores deputados, o país precisa de uma permanente auscultação e uma permanente fiscalização, traduzidas em estatística, para todas as áreas, e uma estatística que seja credível”.
“O nosso país tem potencialidades bastantes para podermos dar a volta este cenário desastroso, resultado da actual má governação, que compra a imagem, compra realizações internacionais; compra visibilidades e esconde as nossas realidades”.
O Presidente da UNITA considerou um absurdo a proposta do governo de aumento de mais municípios, e defende a realização das autarquias locais em todos os municípios do país. “É um absurdo propor novos municípios e recusar legitimidade democrática aos municípios que já existem há muitos anos. O Grupo Parlamentar da UNITA, sensível à vontade dos cidadãos, e após uma ampla auscultação pública, remeteu à Assembleia Nacional um pacote de Lei, um Projecto de Lei, para a conclusão do pacote legislativo eleitoral, onde emana a vontade dos angolanos, quererem eleições locais, já e em todos os municípios”.