Manter o MPLA no poder é ter Angola adiada eternamente, exorta Líder da UNITA

Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, em entrevista à Rádio Essencial

O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, classificou na passada quarta-feira, 11 de Setembro de 2024, durante a entrevista que concedeu à Rádio Essencial, a divisão político-administrativa do país, como não sendo a prioridade no contexto actual, e questionou onde é que Angola vai buscar recursos para sua implementação, tendo abordado também sobre várias temáticas da actualidade.

Durante a entrevista onde reiterou a sua posição e a do seu partido sobre a divisão política, criticou a posição do partido no poder, por optar pelo aumento das províncias e duplicação dos municípios, ao invés da implementação das autarquias e em simultâneo nos 164 municípios do território nacional.

“Onde é que Angola vai buscar recursos para essa multiplicação do poder local; não aumentaram só as províncias, duplicaram-se praticamente o número de municípios. Então, não há coragem para fazer o poder local em 164; em 164 municípios não há a coragem de realizar eleições, o partido que assim defende tem uma outra postura: acha que quando houver eleições não podem ser simultâneas em todos os municípios, que este é um outro elemento que o cidadão não pode esquecer”.

Para o Presidente da UNITA, manter este partido no poder é ter Angola adiada continuamente, eternamente.

“Não fazem em 164, quer fazê-lo em 326, que foi aquilo que a lei aprovou?”, interrogou o Presidente da UNITA, sustentando que, isto prova claramente que estamos a ser todos transportados por programas artificiais de adiamento da realização do estado.

“Muito sinceramente nós temos outras prioridades, e esta (divisão) não é uma prioridade para o país, e nós temos que ser mais sérios”, disse o líder da UNITA.

Adalberto Costa Júnior afirma estar mais que claro que o partido no poder deve ir para a oposição, e deve ir para uma oposição por via democrática.

De realçar que a lei da divisão político-administrativa foi aprovada na Assembleia Nacional, no passado dia 9 de Agosto de 2024, com 97 votos a favor do MPLA, 66 contra da UNITA e cinco abstenções da FNLA, PRS e PHA.

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