A Presidente Nacional da LIMA, organização feminina da UNITA, Helena Bonguela Abel, foi a convidada especial no espaço de grande entrevista da Rádio MFM, “A Última Palavra”, desta quinta-feira, 19 de Setembro de 2024, em que falou sobre a situação social, política e económica do país, das mulheres e das famílias angolanas, bem como do seu partido e da organização que dirige – a Liga da Mulher Angolana.
Durante a entrevista, Helena Bonguela Abel debruçou-se um pouco da sua história e de como foi o início da sua vida política até ao presente momento.
Na ocasião, Helena Bonguela revelou que iniciou a sua vida política em prol do país, na luta de clandestinidade, e posteriormente filiou a UNITA como membro da JURA, tendo pouco tempo depois passado para a LIMA, ainda jovem de 20 anos de idade.
“O General Severino Senda, é com quem afinal buscávamos as informações, passava-nos através dos sobas, e os guerrilheiros tinham toda a informação do que se passava na cidade. Com a entrada dos movimentos em 74, eu filiei na UNITA, como membro da JURA, ali sim também tive funções executivas na JURA, mas durou pouco, porque dois anos depois passei para a LIMA e também com funções executivas desde os meus 20 anos até agora”.
“Portanto, para dizer que eu tenho 52 anos de participação de lutas, dois na clandestinidade e 50 na política activa, mais aberta com várias funções”, revelou a responsável feminina.
Helena Bonguela Abel, que agora cessa as funções como Presidente da LIMA, no V Congresso da organização a realizar-se em Luanda de 4 a 5 de Outubro de 2024, prometeu que continuará junto dos mais necessitados e de famílias desamparadas, com os seus projectos sociais, defendendo que será, “uma reforma formal, mas eu continuarei sim, junto dos mais necessitados, junto das comunidades, de famílias desamparadas”.
“Portanto, para dizer que terei os meus projectos sociais ainda junto dos angolanos e angolanas”, disse a responsável.
Na oportunidade, Helena Bonguela reconheceu o papel da Igreja na formação da personalidade e de vários líderes do nosso país, e do desenvolvimento das comunidades.
“As Igrejas foram também uma pedra angular na formatação do nacionalismo angolano. Se tivermos em conta, se olharmos para a nossa história, todos os líderes que depois criaram os seus projectos políticos têm raízes nas Igrejas”.
“Portanto, a Igreja é um parceiro importantíssimo para o desenvolvimento das comunidades”, disse Helena Bonguela Abel.
A responsável da LIMA disse ainda durante a entrevista, deixar a organização com sentimento de dever cumprido e com o objectivo de rejuvenescer a organização, revelando que, não se candidata, não só por questões estatutárias, mas que também esse seu mandato pôs-se mesmo a regenerar, rejuvenescer a organização.
“E, acho que sim, foi bem cumprida esta missão, hoje temos muitas mulheres mais activas, mais dinâmicas na política, mais mulheres jovens nos desafios da coisa pública, e não é também diferente para LIMA, assim sim darmos a oportunidade a uma geração jovem e nós estarmos na retaguarda. Portanto, na passação de experiências”, disse Bonguela Abel.
Lembrar que, Helena Bonguela nasceu em Cachiungo, província do Huambo, no dia 3 de junho de 1957, é a Presidente Nacional da LIMA e deputada à Assembleia Nacional.