O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, sustentou na passada sexta-feira, 11 de Setembro de 2024, na província da Huíla que as prioridades do actual governo para o sector da saúde mostram-se totalmente invertidas.
Adalberto Costa Júnior, líder do maior partido na oposição em Angola falava no âmbito das “Jornadas às Comunidades” que o Grupo Parlamentar do deu partido realizou naquela província de 9 a 14 no mês em curso, durante o discurso de antevisão ao “Estado da Nação” a ser proferida nesta terça-feira, 15 Outubro pelo Presidente da República, João Lourenço, na abertura da terceiro ano parlamentar da quinta legislatura da Assembleia Nacional.
“As prioridades do actual governo para o sector da saúde mostram-se totalmente invertidas”, disse o líder partidário, acrescentando que, cerca de 60 por cento das verbas do estado, direcionadas para o sector são gastas em hospitais terciários, quando na verdade deveriam ser priorizados os cuidados primários de saúde, tal como recomenda a Organização Mundial da Saúde que, preconiza que cerca de 70 por cento das despesas em saúde sejam investidas em atenção primária.
Como consequência desta reiterada inversão de prioridades, como revela o responsável da UNITA, Angola continua a figurar entre os países com as maiores taxas de mortalidade materna e de crianças menores de 5 anos, cerca de 200 mulheres em cada 100 mil nascidos vivos, morrem anualmente; e cerca de 60 crianças em cada 1000 nascidos vivos não chegam a atingir os 5 anos de idade.
Para o responsável partidário, que falou de forma profunda sobre a situação da saúde nacional, a maior parte das mulheres termina em morte, por existir muito baixa cobertura da assistência a mulher gestante, e parto seguro a nível das comunidades.
Baseando-se em dados do Instituto Nacional de estatística, disse que, cerca de 40 por cento das mulheres não beneficiam da assistência médica durante a gestão e no momento do parto.
De acordo com Presidente da UNITA, muitas das crianças não chegam a atingir os 5 anos de idade, porque morrem logo ao nascer, por falta de um parto seguro e estes sobrevivem no período neonatal, e enfrentam enormes adversidades lá mais para frente, tais como baixa de cobertura vacinal, saneamento do meio deficiente, carência alimentar e falta de assistência e medicamentosa precoce à nível das comunidades.
No seu discurso o Presidente da UNITA apontou para a corrupção como um fenómeno que se agudiza no país, através dos abusos dos ajustes directos; realçando-se igualmente do acesso dos serviços de água, saneamento e higiene, destacando sobre este aspecto que, Angola não conseguiu atingir os objectivos de desenvolvimento do milénio em itens como o acesso a serviços de água, saneamento e higiene melhorados para o século XXI.
O Presidente da UNITA apontou ainda para a problemática sobre o meio ambiente e a qualidade do ar que a população respira, realçando que a qualidade do ar contrasta com a grande quantidade de particular suspensas no ar, disse o responsável partidário apontando que a situação agrava-se, com os rasgos nas estradas para a remoção e colocação do tapete asfáltico e as demoras na sua reposição, e as queimas de lixo cada vez mais frequentes, que se verifica nos altos índices de queimadas pelo país e o abate indiscriminado das árvores.
Dentre outras questões pertinentes da actualidade nacional, o Presidente da UNITA disse que, o posicionamento de Angola, diante esta nova realidade geopolítica deveria antes de mais fazer emergir o novo conceito de defesa e segurança e o alinhamento prudente na relação com os blocos já que existem e mesmo com os novos que vão surgindo no horizonte, como forma de prevenir ameaças potenciais à nossa segurança.
De acordo com o líder do maior partido na oposição em Angola, a inserção de Angola nos fóruns mundiais, a sua interação mesmo com os gigantes mundiais deve servir para potenciar o desenvolvimento e a economia a economia do nosso país, mas servir antes de mais para reforçar as nossas instituições.
O Presidente da UNITA falou sobre a democracia, justiça e direitos humanos, tendo assinalado a violação dos direitos humanos vivida no país, afirmando que a situação actual de Angola continua a ser de total subversão do estado democrático e de direito, disse o responsável político que, referiu-se também sobre a política económica, salarial e dos serviços das instituições públicas que, como defendeu, têm se revelado fracassadas.