Isaías Henriques Ngola Samakuva

Presidente da UNITA 2003/2019

Filho de Henrique Ngola Samakuva e de Rosália Ani Ulundu, Isaías Henriques Ngola Samakuva nasceu a 08 de julho de 1946 em Silva Porto-Gare (actual Kunje), na província do Bié, no planalto central de Angola.

Em 1970, foi professor na Missão Evangélica de Camundongo e depois fez um curso de Teologia no Seminário de Dondi, onde se tornou pastor evangélico.

A entrada formal na UNITA deu-se em 1974 e, um ano mais tarde, foi admitido como funcionário do Ministério do Trabalho, no então Governo de Transição de Angola.

Em 1976, devido à insegurança política, retirou-se para as matas, instalando-se numa das bases da UNITA na então Região Militar 25, transitando depois para a Região 45, onde ocupou o cargo de chefe de gabinete do posto de comando.

Dois anos mais tarde, Samakuva foi transferido para a Região 11 para chefiar o gabinete do então líder da UNITA, Jonas Savimbi, seguindo depois para a região do Kuando Kubango, onde passou a coordenar a logística da UNITA na denominada Frente Sul.

Em 1979, foi delegado à 12.ª Conferência Anual da UNITA e eleito membro do Comité Central, tendo sido transferido para a África do Sul como representante do movimento liderado por Jonas Savimbi naquele país.

Em 1984, foi nomeado vice-presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros da UNITA e, em 1986, eleito no VI Congresso para o secretariado permanente e para a direção do gabinete de Savimbi.

Entre 1989 e 1993, foi representante da UNITA no Reino Unido e, mais tarde, delegado na Europa.

Depois do fracassado acordo de paz assinado em Lisboa (1991) e do Protocolo de Lusaca (1994) foi constituído em Luanda o Governo de Unidade e Reconciliação Nacional e Samakuva regressou então a Angola para liderar a delegação do partido na Comissão Conjunta constituída para acompanhar a aplicação do Protocolo de Lusaca.

Em 2000, foi indigitado chefe da missão externa da UNITA e, na sequência da morte de Jonas Savimbi, em combate, a 22 de fevereiro de 2002, regressou a Angola para discutir o cessar-fogo no âmbito do Protocolo de Lusaca.