A criação do Governo Sombra da UNITA prova que o Partido está preparada para governar Angola, disse Antiga Presidente do Grupo Parlamentar da RENAO-Moçambique, Ivone Soares

“O papel da sociedade civil, Juventude e mulher em países cuja democracia em via de consolidação”, foi um dos temas desenvolvido esta terça-feira, 26 de Setembro de 2023, na Casa Viana, no Município de Viana, em Luanda, apresentado pela Docente Universitária e Antiga Presidente do Grupo Parlamentar da RENAO-Moçambique, Ivone Soares, durante a Conferência Internacional sobre Paz, Segurança e Desenvolvimento em Angola, organizado pela UNITA, em saudação ao Dia Internacional da Paz, assinalado anualmente a 21 de Setembro, onde a prelectora realçou as vias para vencer os regimes ditatoriais por inteligência, e reconheceu o Governo Sombra da UNITA como evidência de que a força partidária está preparada para governar Angola.

“Companheiros, Senhor Presidente, ocorreu-me ser importante falar-vos, aqui hoje, sobre como podemos vencer regimes totalitários usando inteligência e sem guerra. Sabemos que Angola é um país com um passado sombrio de ditadura e violência. Lamentavelmente, as práticas dos partidos que proclamaram as independências em países africanos e que até hoje se mantêm no poder são associadas as características dos regimes totalitários que violam sistematicamente os direitos humanos. Mas sabemos que do ponto de vista da análise comparada, o povo angolano, tal como outros, é forte e resiliente”.

“Temos uma longa história de luta pela liberdade e pela democracia. Acredito que esses regimes totalitários podem ser vencidos usando inteligência e sem guerra. Como podemos fazer isso? Primeiro, precisamos continuar a estudar e entender o adversário. Esses regimes usam uma variedade de técnicas para controlar o povo dos países que dirigem, incluindo propaganda, repressão e corrupção. Precisamos entender essas técnicas para podermos derrotá-las. Em segundo lugar, precisamos construir uma base de apoio popular. E nisso estão no caminho certo. Precisamos mostrar ao povo angolano, ao moçambicano e outros que existe uma alternativa aos totalitaristas”.

De acordo com a Prelectora, “precisamos oferecer um futuro melhor para Angola, Moçambique, enfim, um futuro de liberdade, democracia e prosperidade. Podemos fazer isso usando as ferramentas da tecnologia e da mídia social. Podemos usar essas ferramentas para nos conectar com o povo e compartilhar nossas ideias minuto a minuto. Em terceiro lugar, precisamos ser criativos e inovadores. Não podemos simplesmente copiar as estratégias que foram usadas no passado. Precisamos encontrar novas maneiras de desafiar os nossos adversários e inspirar o povo.

“Precisamos usar a inteligência e a criatividade para encontrar soluções para os problemas dos nossos países. Sei que é uma tarefa difícil, mas é possível e o vosso trabalho está a dar frutos. O povo angolano merece viver em liberdade e democracia. Juntos, podemos vencer a todos os adversários do povo e construir um futuro melhor para Angola, quiçá para África”.

“Então como vencer regimes com tendências ditatoriais com inteligência? 1: A UNITA pode usar a tecnologia para colectar informações sobre os problemas da governação do dia e suas actividades e desmontá-las apresentando as suas contra propostas para solucionar tais problemas; 2: A criação do Governo Sombra, põe em carteira que estais prontos para governar Angola. As políticas sectoriais da UNITA devem ser massivamente disseminadas a tal ponto que o povo seja o vosso maior embaixador, dizendo a quem quiser saber o que pretendeis fazer em cada área. 3: A UNITA pode continuar a usar a diplomacia, ocupar espaços nos fora internacionais, como vimos acontecer com a admissão do seu quadro no Clube de Madrid. Tendes valências e capacidade de influenciar o mundo, a partir da IDC, donde desponta o Presidente do Partido como Vice-Presidente da Internacional Democrata do Centro; 4: A UNITA pode usar a acção civil para desafiar as leis e políticas que na actualidade não respondem aos anseios do povo. A UNITA tem um longo caminho a percorrer, mas com inteligência e determinação, pode vencer e construir uma Angola livre e democrática”.

Durante o desenvolvimento do tema a si incumbido, a também política do maior partido da oposição moçambicana disse que, “a sociedade civil tem um papel fundamental a desempenhar na construção da paz, da segurança e do desenvolvimento. As organizações da sociedade civil podem contribuir para a promoção da democracia, dos direitos humanos e da justiça social. Também podem ajudar a fortalecer as instituições públicas e a promover a participação dos cidadãos nos processos de tomada de decisão. Não há sombra de dúvidas que o papel da juventude que é o futuro de Angola é brutal.

“A juventude, é incontornável na política moderna. Se no passado foram jovens destemidos como os Generais Jonas Savimbi, a mamã Isalina Cawina, Elias Salupeto Pena todos combatentes pela Democracia angolana. De moçambique despontam as figuras dos Generais André Matsangaíssa, Afonso Dhlakama como os nossos heróis. A eles e tantos outros panafricanistas, devemos a bravura e inspiração que nos tem guiado. Não há dúvidas que os jovens angolanos são criativos, ousados e cheios de energia. Eles têm um papel fundamental a desempenhar na construção de um país mais próspero, justo e pacífico. Os jovens podem contribuir para o desenvolvimento económico, o empreendedorismo e a inovação. Também podem ajudar a promover a cultura e a educação.

Para a académica, “por outro lado, o papel da mulher é plural. As mulheres angolanas são um pilar desta sociedade. Elas são responsáveis pela educação e pela saúde das crianças, e desempenham um papel fundamental na economia. O modelo adoptado pela UNITA, de uma presidência onde o Presidente é coadjuvado por uma brilhante mulher, encoraja as mulheres, verdadeiras parceiras dos homens em todos os momentos, a darem mais de si. As mulheres não querem ser homens, querem continuar mulheres, com a diferença de que estamos prontas para lado a lado resolvermos os problemas da nação.

“Nunca ambicionamos substituir o homem, mas ambicionamos ter a oportunidade de usar o nosso intelecto ao serviço dos objectivos de grupo de desenvolvermos o país. Ambicionamos ter as mesmas oportunidades de darmos o nosso contributo naquilo que a sociedade espera de nós”, afirmou a Académica e política.