Conferencia Internacional

Conferência internacional reflecte sobre Paz, Segurança e Desenvolvimento em Angola

A UNITA organizou nesta terça-feira, 26 de Setembro de 2023, na Casa Viana, no município de Viana, em Luanda, uma Conferência Internacional sobre Paz, Segurança e Desenvolvimento em Angola, preenchido de vários temas abordados, presididos por destacadas personalidades políticas e acadêmicas reconhecidas do país e internacionalmente, que visou saudar o Dia Internacional da Paz, assinalado anualmente a 21 de Setembro.

O encontro retratou sobre 4 temas destacadamente: “O Papel dos Actores Políticos para a garantia da Paz, Estabilidade e Desenvolvimento”, desenvolvido pelo Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior; “O papel da Justiça para a Garantia da Estabilidade”, apresentado pelo Académico e Antigo Primeiro Minstro do Governo de Angola, Marcolino Moco; “O papel da sociedade civil, Juventude e mulher em países cuja democracia em via de consolidação”, com a Prelectora, Ivone Soares, Docente Universitária e Antiga Presidente do Grupo Parlamentar da RENAMO-Moçambique; e “A Doutrina Social da Igreja para um Desenvolvimento Sustentável”, presidido pelo Académico, Albino Pakisi.

Para responder ao tema proposto, o Presidente da UNITA chamou atenção da audiência para a temática “bem-comum”, que vai de encontro ao tema principal, nomeadamente: “O Papel dos Actores Políticos para a Garantia da Paz, Estabilidade e Desenvolvimento”.

O líder da UNITA assegurou que, “no âmbito da ética social, o tema do bem comum constitui o objecto fundamental do problema da justiça social, na medida em que esta é a meta a perseguir. O Estado existe em função do bem comum, na medida em que deve promove-lo e tutelá-lo em benefício de todos os cidadãos. Quando o Estado trabalha para garantir o bem comum dos cidadãos, estes devem ser também responsabilizados na promoção do bem comum dentro de um projecto social que visa fazer participar os próprios cidadãos na promoção da sua realização integral, isto é, espiritual e material (princípio de subsidiariedade)”.

De acordo com o responsável partidário, “o bem comum implica a promoção da paz, quer dizer, a permanência e segurança de uma ordem justa. E a paz implica o diálogo e a reconciliação nacional. Mas o facto é que um diálogo não pode produzir efeitos felizes quando for realizado numa base de de arrogância. Como pode alguém dialogar se vê sempre no outro um inimigo? Como pode alguém dialogar se se assume como um homem supra-virtuoso por herança? É o que vemos suceder com o MPLA, cujo pensamento e comportamento em relação à UNITA, permanentemente, não é de um adversário político, mas literalmente de um inimigo a abater; em relação à sociedade, aos jovens, em relação ao povo, é permanentemente arrogante, autoritário e muitas vezes violento”, afirmou Adalberto Costa Júnior, que acrescentou descrevendo o modelo de uma sociedade sã, de progresso e paz.

“Uma sociedade é sã, tem saúde, progresso e paz quando todos os membros exprimem voluntariamente o que pensam, o que sentem e o que projectam, abrindo-se com lealdade, sem receio de serem desconsiderados. Falar, por exemplo, em democracia e silenciar o povo, é uma farsa; falar em humanismo e negar os homens é uma pura mentira; falar em servir o povo e matá-lo a tiro e à fome é 10 outra mentira. Não há diálogo verdadeiro se não há nos seus sujeitos um pensar verdadeiro e aberto à diversidade de pessoas e de opiniões”.

Na ocasião, o responsável partidário afirmou que, “a ineficiência do Governo em tratar de solucionar os problemas económicos e sociais que afectam a porção maioritária da população angolana, a onda de denúncias de práticas de corrupção em órgãos públicos envolvendo lideranças políticas importantes, e a sensação de insegurança, resultante não apenas da violência urbana, mas também de instabilidade económica de natureza variada, são elementos que se combinam para formar o pessimismo geral que se tem alastrado, em relação aos frutos do sistema politico angolano, para uma população que, na sua maioria, tem se mostrado desencantada com a política e os próprios políticos”.

Para o responsável político, “os actores políticos são permanentemente chamados ao empenho e promoção da estabilidade política, social e económica. A estabilidade politica requer, como anteriormente dissemos, um diálogo permanente entre os actores politicos, requer programas sérios que contemplam a participação activa dos cidadãos no tecido social e económico”.

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