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13 DE MARÇO NO LESTE DE ANGOLA

MUANGAI UM NOME PARA A MEMÓRIA

O primeiro Congresso da UNITA decorreu entre os dias 10 a 13 de Março de 1966, nas àreas do posto do Muangai. Muangai‚ o nome de um riacho afluente do Lumguebungu. O Congresso realizou-se numa mata densa a 20 kilometros -Este do posto. Estiveram presentes quase 200 pessoas das quais dezenas de Sobas da regiao. Falou-se de todos os problemas. Durante o dia, assistia-se a plenária e a noite, cantava-se e dançava-se. No ultimo dia, foi tornado publico o organigrama do Partido. As linhas mestras da estratégia militar foram tomadas. O Dr Savimbi foi eleito, por unanimidade, Presidente da UNITA. Mas para alguns, a luta política e militar não começava com o I Congresso.

Desta feita dos fundadores da UNITA destacam-se as seguintes personalidades, subdividido em fundadores e co-fundadores:

  1. Fundadores: Dr. Jonas Malheiro Savimbi, Dr. José Liahuka, Dr. Tony da Costa Fernandes, David Jonatão Chingunji, José Samuel Chiwale, Samuel Piedoso Chingunji, Miguel N’Zau Puna, Ernesto Joaquim Mulato, Alexandre Magno Chinguto, Pedro Paulino Moisés, José Calundungu, Isaías Mussumba, Mateus Bandua, Samuel Chivava Muanangola, eTiago Sachilombo.
  2. Co-fundadores: Jocob Hossi Inácio, Jeremias Kussia Nunda e Nicolau Biago Tchiuka.

São co-fundadores os “mais velhos” que estiveram ausentes do “espaço” onde decorria o congresso.

Na prossecução do seu programa e objectivos, a UNITA rege-se pelos
ideais do Projecto de Muangai estabelecidos na sua fundação:
1. Liberdade e Independência Total par os homens e para a Pátria mãe.
2. Democracia assegurada pelo voto do povo através de vários Partidos políticos.
3. Soberania expressa e impregnada na vontade do povo de ter amigos e aliados, primando sempre os interesses dos Angolanos.
4. Igualdade de todos os Angolanos na Pátria do seu nascimento.
5. Na busca de soluções económicas, priorizar o campo para beneficiar a cidade.

No inicio dos anos 60, a corrente das independências africanas, designadamente do Congo Léopoldville (Zaire), inquietavam o regime Português. No Norte de Angola a situaçao agravava-se com acçoes militares da entao Uniao das Populaçoes de Angola UPA, em meiados de Março de 61.

A policia politica portuguesa – PIDE, multiplicava as prisoes dos nacionais: militantes e nao militantes, sobretudo dos intelectuais. A maioria deles so pensava em emigrar. Fosse para estudar, ou encontrar os lideres independistas ja idos.

NOS ANOS 60 EM ANGOLA : A REPRESSAO E A LUTA

No início dos anos 60, assistia-se ao exodo de elites, sobretudo jovens. Campos de refugiados
formavam-se nos paises limitrofes. Encontramos testemunhas daquela epoca, todos participaram na fundação da UNITA. José Samuel Chiwale, assistiu em Abril de 61 a prisão de seu pai, acusado de colaborador de Lumumba. Com 17 anos, foi obrigado a deixar o pais para a Namibia. Ficou a morar em casa de Toivo Ya Toivo, o fundador da OPO, Organizaçao dos Povos da ovambolandia – actualmente SWAPO. Ficou na Namibia de 1961 à 1963. Mas ele lembrou-se que outros partiam para o Congo, Tanzania ou para Zambia.

Foi o que fez o Reverendo da missao Evangelica da Bomba, no Huambo, Pedro Kapuka. Alguns anos mais tarde o actual General Chiwale partiu para a China. Magno Chinguto, hoje brigadeiro com o Pastor da Bomba, foram a UPA. Com desenvolvimentos
politicos e militares em Angola, era preciso encontrar uma soluçao. Criu-se um Governo no exilio, sem acordo interno sobre como seria levada a cabo a luta. A UPA dividiu-se. Magno Chinguto e Jonas Savimbi, na altura Secretário Geral da UPA e Ministro das relações Exteriores do GRAE – Governo Revolucionário de Angola no Exilio, abandonaram o Movimento.

OS 11 PARTEM PARA A CHINA

Depois de contactos na Zambia, na Tanzania, no interior do pais, Jonas Savimbi recrutou onze primeiros comandantes do que ainda nao era UNITA Fizeram nove meses de formaçao militar na China. José Samuel Chiwale fez parte. De regresso, em Dar-Es-Salam, em Novembro de 19965, os onze homens foram acolhidos por Jonas Savimbi e Peter Manhemba da SWAPO. Partiram para o Tombua, campo de formaçao militar dos Africans Fighters. Na Tanzania, praticamente, todos os Partidos Politicos Africanos formavam militarmente os seus homens: O African National Congress e o Pan-African Congress, da Africa do Sul, a FRELIMO e o COROMO de Moçambique, a ZAPU e a ZANU da Zimbabwe, a SWAPO da Namibia, PAIGC da Guiné Bissau. Os militares da futura UNITA passavam-se por militantes da SWAPO. Andavam assim clandestinamente.

A CAMINHO PARA AS MATAS

De Dezembro de 1965 a Janeiro de 1966, divididos em varios grupos, introduziram-se na província do Moxico, via Zâmbia. Todos esses grupos nao chegaram intactos. Alguns foram presos pelas autoridades zambianas em Mupika, outros pelos portugueses em Teixeira de Sousa, em Ninda e em Mavinga. Chegados no terreno, os comandantes se dividiram em seis regiões, segundo instruções recebidas. Um mês mais tarde, Jonas Savimbi chegava no interior do pais pelo Lumai, na zona entre os rios Luyo e Lunguembungu. Samuel Piedoso Chingunji Kafundanga era o comandante. So os que tinham ido para a China eram chamados comandantes.

Ninguém tinha arma. Mário Chilulu Cheya, hoje Brigadeiro, na altura cadete (recruta), afirma que “na altura as armas reservadas aos comandantes eram canivetes. So o Dr Savimbi tinha uma pistola. As primeiras armas recebidas eram tradicionais de caça, que a populaçao oferecia. Essa epoca que precede directamente o I Congresso, caracterizava-se pela mobilização pela política e militar. Em todas as aldeias onde passavam as colunas, formavam-se Kapokolas, que designavam milícias como estafetas. Foi graças aos Kapokolas
que todos militantes clandestinos poderam se reunir em Muangai e participar no dia 13 de Março de 1966 na Proclamação da UNITA.

CRONOLOGIA HISTÓRICA DA UNITA

1965 – Formação dos primeiros doze Quadros na China Popular.
13 de Março de 1966- Fundação da UNITA no Muangai, Província do Moxico.
1969 – Realização do II Congresso Ordinário da UNITA no Sachimbanda.
1973 – Realização do III Congresso Ordinário da UNITA nas margens do rio Kutaho, Província do Moxico;
18 de Junho de 1972 – Criação da Liga da Mulher Angola (LIMA), no Massivi Província do Moxico, consagrada em 1973 no III Congresso;
14 de Junho de 1974 – Assinatura do fim das hostilidades com as Forças Portuguesas em Angola nas áreas do Kangumbe, Província do Moxico, como consequência do 25 de Abril;
28 de Outubro de 1974 – Criação da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA) na Úria, Província do Moxico;
25 de Novembro de 1974 – Assinatura da Plataforma de cooperação entre a UNITA e a FNLA, em Kinshasa- Zaire;
18 de Dezembro de 1974 – Assinatura da Plataforma de cooperação entre a UNITA e o MPLA, no Luso – Moxico;
02 de Janeiro de 1975 – Reconhecimento oficial da UNITA pela OUA como Movimento de Libertação Angolano;
De 03 á 05 de Janeiro de 1975 – Realização da Conferência de Mombaça onde participaram os três Lideres dos Movimentos de Libertação sob iniciativa da UNITA para se estabelecer uma Plataforma de Entendimento e Cooperação dos três Movimentos;
De 10 à 15 de Janeiro de 1975 – A UNITA nas discussões de Alvor e assina esses acordos que serviriam de instrumento político – jurídico de transição do Poder do regime colonial português para os Angolanos;
01 de Janeiro de 1975 – Tomada de posse do Governo de Transição;
O8 de Fevereiro de 1975 – A UNITA realiza a sua Reunião Magna que para além de outros pontos pormenoriza os Métodos de Trabalho;
26 de Abril de 1975 – A UNITA realiza seu primeiro Comício em Luanda;
Em Maio de 1975 – O MPLA inicia a violação dos Acordos de Alvor e perpetua o massacre do Pica-pau contra trezentos (300) militantes indefesos da UNITA;
Em Junho de 1975 – O MPLA introduz cerca de 600 mercenários cubanos em Luanda, e nesse mesmo mês 200 militantes da UNITA foram massacrados em Kassamba – Moxico, pelo poder popular do MPLA (Massacre de Kassamba);
Aos 16 de Junho de 1975 – A UNITA promove a Cimeira de Nakuru – Quénia com os outros Movimentos de Libertação, para salvar os Acordos de Alvor;
Em julho de 1975 – Realiza-se a II Conferência Nacional da JURA, que aprova os Estatutos definitivos da Organização e adota o dia 18 de Julho como Dia Nacional da JURA em memória do jovem Comandante David Jonatão Chingunji Samuimbila, pela sua determinação, bravura e combatividade na luta. Por essa ocasião, Salupeto Pena é eleito I Presidente da Organização Juvenil da UNITA;
Em Julho de 1975 – Mais de três mil militares cubanos, desembarcam em Luanda em apoio ao MPLA;
03 de Agosto de 1975 – O MPLA atenta contra o avião do Presidente da UNITA na cidade do Silva Porto, forçando a UNITA a entrar na guerra civil;
Em Agosto de 1975 – 700 militares da UNITA são barbaramente assassinados no Dondo – Kuanza Norte no conhecido Massacre do Dondo na ponte sobre o rio Kuanza;
Em Setembro de 1975 – Mais um contingente cubano desembarca em Luanda;
Em Outubro de 1975 – Tropas Sul – Africanas entram em Angola e travão combates contra as tropas do MPLA e de Cuba;
Á 11 de Novembro de 1975 – Proclama-se a Independência de Angola, O MPLA proclama a Republica Popular de Angola, a FNLA e a UNITA a República Democrática de Angola;
Em Dezembro de 1975 – O Congresso Americano vota a Emenda Clark que proíbe qualquer intervenção aberta ou secreta dos Americanos na questão de Angola;
Á 22 de Janeiro de 1975 – Realiza-se uma conferência da OUA visando buscar solução para o conflito angolano. Para o efeito, os Estadistas Africanos pretendiam reconhecer a República Popular de Angola ou a República Democrática de Angola. No fim da Cimeira, registou-se empate, pois, dos 44 estadistas presentes, 22 votaram pela República Popular de Angola e outros 22 pela República Democrática de Angola;
Dia 08 de Fevereiro de 1976 – O corpo expedicionário cubano ocupa a cidade do Huambo e a UNITA vê-se obrigada a abandonar esta e outras cidades, encetando a Resistência Popular Generalizada;
Em Maio de 1975 – A UNITA, realiza uma Conferência Extraordinária de Quadros no Sandona, Província do Moxico, Leste de Angola;
De 23 á 28 de Março de 1977 na Benda, 80 Km à Sul da cidade do Huambo, teve lugar o IV Congresso Ordinário da UNITA. A margem a esse Congresso, a LIMA realizou a sua III Conferência Nacional;
Em junho de 1977 a UNITA condena severamente a intolerância do regime Angolano por ocasião do assassinato do 27 de Maio, mais de 82 mil Angolanos perderam as suas vidas no propalado golpe de Estado de Nito Alves;
Em Maio de 1978, termina a segunda etapa da Resistência Nacional, iniciada em Março de 1977. A terceira etapa da Resistência Popular Generalizada cobriu os meses de Julho, Agosto, Setembro e Outubro;
Dia 3 de Dezembro de 1978 – Foram assassinados publicamente no Lobito no campo da revolução, 5 militantes da UNITA acusados de bombistas;
Em Maio de 1979 no Katapi (Cuando Cubango), realizou-se a XII Conferência do Partido. Por esta ocasião a JURA realizou a sua 3ª Conferência Nacional. A LIMA realiza também a sua 4ª Conferência Nacional.
Neste mesmo ano, cria-se o Instituto Polivalente Lote Malheiro Savimbi e institui-se a Jamba como Capital Provisória das Terras Livres de Angola.
O ano é baptizado como da Reorganização do Partido;
O ano de 1980 é baptizado como segundo Ano da Reorganização do partido;
Aos 5 de Agosto de 1980 – 15 militantes da UNITA, foram fuzilados no célebre campo de revolução em Luanda acusados de Bombistas. Neste Ano, a JURA realiza a sua 4ª Conferência Nacional no Katapi província do Cuando Cubango;
Aos 16 de Maio de 1981 – cria-se o Cento de Formação Integral da Juventude-CENFIN;
De 26 á 31 de Julho de 1982, no Mavinga – Kuando Kubango, a UNITA realizou o seu V Congresso Ordinário e a LIMA realizou a sua V Conferência Nacional, e serviu o momento para JURA realizar a sua V Conferência Nacional;
Dia 02 de Setembro de 1982 – A UNITA, funda o Centro de Estudos Comandante Kapessi Kafundanga (CECKK);
O ano de 1982, foi baptizado como ano do Quadro Revolucionário.
Em Junho de 1983, a Direcção da UNITA envia uma mensagem ao povo Brasileiro solicitando sua solidariedade e compreensão pelo combate libertador que levava a cabo;
Em Julho de 1983, representantes de diversos Países Africanos, Europeus e dos Estados Unidos da América e de instituições Internacionais visitam a Jamba.
Aos 14 Agosto de 1983 – Depois de onze dias, a UNITA vence a Batalha de Kangamba;
Aos 30 de Março de 1984 – O Presidente da UNITA, endereça uma carta ao Secretário – Geral das Nações Unidas, Dr. Xavier Peres de Cueliar, solicitando seus bons ofícios com vista a pôr-se fim a guerra em Angola. Na mesma ocasião, o Dr. Savimbi, dirigiu cartas para vários chefes de Estado Africanos;
De 01 á 09 de Novembro, na Jamba realiza-se o I Congresso Extraordinário;
De 25 á 26 de Novembro de 1984, na Jamba, a LIMA realiza a sua I Reunião Magna. No mesmo período a JURA realiza, também, a sua I Reunião Magna;
01 de Janeiro de 1985, a UNITA inaugura a Casa do Movimento na Jamba;
De Maio à Junho de 1985, na Jamba realiza-se a Convenção da Internacional Democrática, designação atribuída à Conferência dos Movimentos que lutavam contra o expansionismo Soviético no mundo (UNITA, os Moujhedine do Afeganistão, os Contra da Nicarágua, a Frente Nacional de Resistência do Laos, a resistência do Cambodja e uma Delegação Norte Americana);
Em Junho de 1985, os Estados Unidos da América, revogam a Emenda Clark;
Em Setembro de 1985, uma Delegação de alto nível do Parlamento Europeia visitou a Jamba;

O ano de 1985, foi baptizado como ano da Mobilização Total Contra os Cubanos para a Defesa da Integridade Territorial do País.
A LIMA, realiza a sua VI Conferência Nacional na Jamba, nesse ano de 1985.
1986 – A Pátria não se discute, a Pátria defende-se.
De 24 á 28 de Fevereiro de 1986, uma Delegação Presidencial da UNITA visita os EUA e é recebida na Casa Branca pelo então Presidente Ronald Reagan;
Em finais de Agosto de 1986, a UNITA realiza o seu VI Congresso Ordinário na Jamba.
1987 – Ano do Reforço às Forças Armadas para a Conquista da Democracia.
Criou-se o Batalhão 89, exclusivamente da Mulher Revolucionária em Uniforme;
1988 – Ano da Afirmação Política para o Triunfo da Revolução.
Aos 16 de Fevereiro de 1988, falece, vítima de doença, a Mãe da Juventude Heroica, Helena Mbundu Sakato Savimbi;
Aos 04 de Março de 1988, criou-se na Jamba o Sindicato dos Trabalhadores de Angola Livre (Sintral);
Em Julho de 1988, uma Delegação Presidencial foi recebida novamente na Casa Branca pelo Presidente George Bush;
Dia 28 de Dezembro criou-se a União Revolucionária dos Estudantes de Angola Livre (UREAL);
1989 – Ano da Defesa da Liberdade para a democracia em Angola.
Aos 22 de Junho de 1989, realizou-se a Cimeira de Gbadolite na República do Zaire, actual RDC, na presença de 18 chefes de estados africanos;
Em Setembro de 1989, na Jamba, a UNITA realiza o seu II Congresso Extraordinário;
1990 – Ano da Salvação da Pátria para a Conquista da Democracia;
Em Janeiro de 1990, a Direcção da UNITA visita prolongadamente a Europa Ocidental;
1991- Ano da Defesa da Identidade Angolana para Conquista da Democracia;
Em Março de1991, a UNITA realiza o seu VII Congresso Ordinário;
Em Abril de 1991, uma Delegação Presidencial da UNITA visita os principais polos político-diplomáticos do mundo ocidental (Washington Londres, Paris, Bruxelas, Suíça entre outos, com o propósito de sensibilizar a opinião internacional em relação as perspectivas de Paz e reconciliação Nacional em Angola);
Dia 01 de Maio de 1991, em Portugal, foram rubricados os documentos resultantes das negociações entre a UNITA e o MPLA atraves de Jeremias Kalandula Chitunda e Lopo de Nascimento, pela UNITA e pelo MPLA, respectivamente;
Dia 14 de Maio de 1991, a partir de Bruxelas, o Presidente da UNITA, declara cessar – fogo unilateral através das antenas da VORGAN;
Dia 31 de Maio de 1991, a UNITA e o MPLA através dos seus Presidentes, assinaram os Acordos de Bicesse;
Aos 16 de Junho de 1991, a UNITA envia a sua 1ª Delegação a Luanda, chefiada pelo Vice – Presidente Jeremias Kalandula Chitunda integrada por Membros que dá, futura Comissão Político – Militar. A chegada dessa Delegação á Luanda marcou o 1º passo do regresso triunfal da UNITA às cidades depois de 16 anos;
Aos 24 de Setembro de 1991, o Presidente da UNITA, Dr. Savimbi, inicia a sua 1ª Jornada Patriótica a partir da cidade do Huambo, passando por Lubango, Lobito e dia 29 de Setembro a população de Luanda recebeu apoteótica e patrioticamente o seu Libertador;
1992 – Ano das Eleições Livres para Alternância do Poder;
Dia 10 de Março de 1992, a UNITA é registada no Tribunal Supremo como Partido Político;
Em Agosto de 1992, as FALA são extintas no âmbito dos Acordos de Bicesse;
Aos 29 de Agosto de 1992, a UNITA realiza na cidade do Lobito a sua 1ª Convenção com vista elaboração do seu Manifesto Eleitoral para o pleito para Setembro;
Aos 29 e 30 de Setembro de 1992, a UNITA participa nas primeiras eleições gerais;
Aos 15 de Outubro de 1992, sete Partidos e quatro candidatos presidenciais reuniram-se com a UNITA no Huambo e no documento final assinado pelos: Dr. Jonas Malheiro Savimbi pela UNITA; Engº Tomas Cunha pela FNLA; Isidro Kiala pela AD – Coligação; Professor Mfulupinga Landu Victor pelo PDP-ANA; Dr. António Alberto Neto pelo PDA, afirmaram que o processo eleitoral Angolano foi caracterizado por fraude e irregularidades de forma massiva, sistemática e generalizada;
Dia 16 de Outubro de 1992, o Presidente da UNITA, Dr. Savimbi aceitou os resultados das eleições tendo escrito: “para evitar o impasse e o regresso a guerra aceitamos os resultados como estão agora. Sabemos que as eleições não foram transparentes, mas ficamos assim porque é preciso que haja dirigentes que tenham a estatura de patriotismo e sacrifício para permitir que se ultrapasse a crise”. Esta posição de aceitação dos resultados das eleições foi transmitida aos 17 de Outubro, numa carta enviada ao Secretário – Geral Adjunto das Nações UNIDAS para a Paz, Marrak Golding. A UNITA, estava assim preparada para conversações com vista a preparação da 2ª volta das eleições presidenciais.
31 de Outubro de 1992, o MPLA inicia o genocídio político-tribal em Luanda e estende a sua acção em todas as sedes provinciais e não só;
Em Novembro de 1992, a Administração Americana reconhece o governo angolano; e no mesmo mês iniciam as conversações no Namibe;
1993 – Ano da Defesa da Angolanidade e da Africanidade.
Aos 22 de Janeiro de 1993, o MPLA leva a cabo uma chacina contra os Bacongos em Luanda (6ª feira sangrenta). Nesse mesmo mês decorrem negociações em Adis – Abeba – Etiópia, entre a UNITA e o MPLA;
1994 – Ano da reflexão sobre a nossa Identidade Africana.
Dia 01 de Novembro de 1994, os chefes das Delegações Negociais da UNITA e do MPLA, Eugénio Ngolo Manuvakola e Venâncio de Moura, rubricam os documentos discutidos em Lusaka;
15 de Novembro de 1994, Assinadas as tréguas entre a UNITA e MPLA;
20 de Novembro de 1994, assinatura do Protocolo de Lusaka;
1995 – Ano da Escuta da nossa Consciência para a Acção;
Em Fevereiro de 1995, a UNITA realiza o seu VIII Congresso Ordinário e a JURA realiza a sua VI Conferência Nacional, no Bailundo, Província do Huambo.
Em Junho no Bailundo, a LIMA realiza a sua VII Conferência Nacional;
Aos 15 de Julho de 1995, o Secretário – Geral das Nações Unidas, Dr. Boutros Boutros Ghali, visita o Bailundo Base Central da UNITA;
Aos 04 de Setembro de 1996, cria-se o Centro de Estudos do Partido no Kanjapão – Bailundo Província do Huambo.
1996 – Ano da Defesa Colectiva para a Paz
Em Janeiro de 1996, a UNITA realiza a sua XV Conferência Nacional, Bailundo, Província do Huambo;
De 20 á 27 de Agosto de 1996, a UNITA realiza o seu III Congresso Extraordinária, no Bailundo, Província do Huambo;
1997- Muangai 30 Anos Depois.