Líder da UNITA espera por um Presidente da República reconciliado e reconciliador

O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, discursou nesta quinta-feira, 11 de Janeiro de 2024, na cerimónia de abertura do ano político do seu partido, realizada no bairro Talatona em Luanda, no Hotel Palmeiras, apelou ao Presidente da República a ser uma pessoa reconciliada e reconciliadora. O responsável da UNITA assegurou que vai continuar a insistir na busca de pontes para a consolidação dos alicerces de uma Angola mais democrática, moderna e de desenvolvimento humano.

No seu discurso, o Presidente da UNITA fez uma retrospectiva do que foi o ano de 2023 e perspectivas para 2024, tendo considerado 2023 como o pior ano da história de governação, desde que a paz foi abraçada.

“O ano de 2023 foi considerado como o pior ano da história de governação, desde que a paz foi abraçada. Os angolanos assistiram a uma degradação sem precedentes nas suas condições de vida. Apesar da alta do petróleo, apesar do diferencial positivo que gerou milhares de milhões de dólares aos cofres do estado, ninguém conheceu o destino dado a todos estes diferenciais positivos”.

“Apesar das inaugurações, apesar dos novos hospitais, os conflitos sociais atingiram todas as classes profissionais. A corrida ao estrangeiro multiplicou-se, as filas nas embaixadas estão intermináveis, e mesmo os membros do governo que tanto falam das melhorias de serviços, continuam de modo preocupante a buscar estes mesmos serviços no estrangeiro, e a não consumir a oferta nacional”, disse o Presidente da UNITA que apelou também por um presidente da República reconciliado e reconciliador.

“Este é o papel que os angolanos esperam ver abraçado pelo senhor Presidente da República: um Presidente conciliador, um Presidente dialogante, um Presidente reconciliado e reconciliador. É isto que nós todos esperamos de vossa excelência”.

“O Presidente da UNITA vai continuar a insistir nas pontes, para que juntos possamos consolidar os alicerces para uma Angola mais democrática, moderna, uma Angola de desenvolvimento humano adequados às potencialidades do nosso país, que são imensas. Para uma Angola que saia da crise social, da crise económica e da crise política em que se encontra. Nós vamos tomar iniciativas nessa direcção, e nós queremos convidar a sociedade a caminharmos juntos, na construção destas pontes. Nós vamos convidar também os países amigos de Angola, a ajudar-nos a consolidação da estabilidade, porque serão também beneficiários dela”.

O Presidente da UNITA criticou a contratação simplificada realizada pelo governo através do Presidente da República que os angolanos testemunharam em 2023.

“De 2023 transitou também a má e criminosa prática da contratação simplificada, que privilegia os amigos e as empresas do partido de regime e destrói a competitividade económica e que também tem sido sustenta pelas linhas de crédito atrás citadas, que vão directamente para a dívida pública, que atenta o futuro deste país”.

“A persistência nesta prática que se tornou o método permanente, de contratação sem concursos públicos, tem permitido ao governo e ao seu Presidente fugirem ao cumprimento do Orçamento Geral do Estado, e de trazerem uma total indisciplina às contas públicas. Estes actos de violação das Leis, ocorreram perante o silêncio da maioria na Assembleia Nacional, perante o silêncio da Procuradoria- Geral da República, e espero que o Tribunal de Contas a devida atenção às inconformidades das Contas Gerais do Estado com os Orçamentos Gerais do Estado, efetivamente aprovados”, apelou o responsável da UNITA.

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