O processo de recenseamento da população e habitação iniciado a 19 de Setembro de 2024, foi analisado este domingo, 22  de Setembro, na Rádio Despertar, no espaço: “Prova dos factos”, onde os analistas apontaram para as inúmeras reclamações e denúncias e o e altíssimo nível de organização como estando a imacular o processo e pondo em causa a transparência do mesmo.

O deputado pelo Grupo Parlamentar da UNITA, Olívio Nkilumbo disse que, o nível de desorganização altíssimo está a macular esse processo.

 O deputado disse serem várias as denúncias que demonstram desorganização.

“O facto de denúncias de falta de alimentação no período de formação, isso para um processo censitário que se projecta para 30 dias, eu acho que 15 dias antes do dia D, tudo tinha que estar afinado. Pode haver uma ou outra situação de anormal, mas não nos níveis que nos estão a ser apresentado”, reprovou o parlamentar, considerando também situações de denúncia de pessoas que estavam a colocar dados, apontando para a província do Huambo, no sistema de pessoas que tinham nada a haver com o censo.

“Fala-se de nepotismo, por exemplo; fala-se de provas de pessoas que estiveram notas altas. Enfim, é um rol de situações”, denunciou Olívio Nkilumbo.

O analista e politólogo Gilson Salusi, considera que, só o facto de começar-se com o processo a titubear, por conta do adiamento, já trouxeram na praça pública um conjunto de questionamentos sobre a autenticidade do próprio processo.

De acordo com o politólogo, significa que, provavelmente os resultados que viremos a ter poderão não ser satisfatórios do ponto de vista da discrição da nossa realidade, quer demográfica, quer social, quer económica e quer política.

Gilson Salusi apontou os angolanos estarem há sensivelmente 4 dias desde que o processo arrancou e não se sente, não se vê dinâmica se quer nenhuma em relação ao processo.

“Há aqui erros de cálculos, há aqui uma desorganização total e absoluta que está a inquinar este processo”, revelou Gilson Salusi.