O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, morreu num acidente de helicóptero no domingo, tal como foi divulgada pela presidência do Irão, e retomada pelo Jornal de Notícias, esta segunda-feira, 20 de maio de 2024, pela comunicação estatal iraniana. Depois de uma liderança marcada pela intensificação da repressão contra críticos, e deixa o cargo vai ser assumido pelo atual primeiro vice-presidente, anunciou o líder supremo do Irão, que decretou cinco dias de luto.

De acordo com a informações avançadas, a aeronave em que Ebrahim Raisi seguia, no domingo, sofreu uma queda, na região noroeste do Irão, ao que tudo indica por causa das más condições meteorológicas que se verificavam no local. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, também morreu no acidente, tendo sido esta manhã os restos mortais das duas vítimas e de outros sete passageiros recuperados pelos serviços de emergência.

O helicóptero que transportava Raisi e Amir-Abdollahian despenhou-se na zona de Kalibar e Warzghan, na província do Azerbaijão Oriental, no noroeste do Irão, quando a comitiva regressava da fronteira com o Azerbaijão, onde Raisi inaugurou uma barragem com o homólogo azeri, Ilham Aliyev. Foi localizado hoje, numa zona montanhosa, anunciaram os serviços de emergência, que logo admitiram ter pouca esperança de encontrar sobreviventes.

A Arábia Saudita, o Iraque e o Azerbaijão ofereceram ajuda a Teerão, com a Turquia a enviar 32 equipas de salvamento e seis veículos, e a Rússia a enviar uma equipa de socorro com 47 especialistas, veículos todo-o-terreno e um helicóptero. A pedido do país, a União Europeia ativou o serviço cartográfico de resposta rápida Copernicus, tal como noticiaram os órgãos de informação.