A dívida pública angolana expresso em dólares americanos aumentou cerca de 11, 46 por cento em 2023, atingindo o máximo 80, 61 mil milhões de dólares, o que representa 88 por cento do Produto Interno Bruto (BIP), como consta do relatório anual do Banco Nacional de Angola (BNA), datado de 30 de Abril e citado pela Agência Lusa na sequência da publicação do relatório.

Falando à Rádio Despertar, o jurista Joaquim Jaime considerou a par de outras situações que afectam o sector socioeconómico do país e das famílias, a elevada dívida pública como o verdadeiro problema de Angola.

“Temos múltiplos problemas, e que é difícil resolver todos esses problemas tendo em consideração as limitações. O verdadeiro problema de Angola reside na nossa elevada dívida pública e na falta de diversificação da economia”.

Em seu discurso proferido em Março o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, considerou que 49 anos passados desde a independência, os dirigentes angolanos fizeram de Angola um país refém aos empréstimos internacionais.

“O nosso país teve uma independência tardia no contexto da África, e regrediu bastante com a guerra pós-colonial, que durou 27 anos, perdeu e continua a perder força do trabalho, recursos humanos e recursos naturais. 49 anos passados desde a independência, fizeram de Angola estes um país refém de empréstimos internacionais e interesses que muitas vezes não é para os angolanos”. O OGE 2024 prevê dentre outras medidas a redução do ratio da dívida pública para 69, 2 por cento BIP.