O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, que discursou no acto central das comemorações dos 52 anos de fundação da LIMA, realizado sábado, 22 de Junho, no município do Cazenga, em Luanda, reconheceu que o seu partido não teria chegado onde se encontra sem a participação da LIMA.
“E, nunca é demais repetir todo nosso reconhecimento, todo nosso agradecimento. Não teríamos chegado aqui, sem a participação da mulher, sem a participação da LIMA”.
Durante a sua intervenção, o Presidente da UNITA referiu que o papel e a participação da mulher começou em algumas áreas, àquelas que muitos pensavam que eram especialmente melhor destinadas à participação da mulher: à educação, à assistência social, à assistência na saúde, afirmando que com o evoluir, as mulheres foram trabalhando em todas as áreas.
Na ocasião defendeu que o país começou há muito tempo a reivindicar direitos, liberdades e a reivindicar dignidade há muitos séculos, antecipou o período dos movimentos de libertação e são muitas as heroínas que fazem parte da história do nosso país.
Adalberto Costa Júnior realçou a mudança a um novo contexto de luta das das mulheres nos dias de hoje, considerando ainda assim, que não se pode abdicar da participação específica, diferenciada, única, impossível de competir da mulher na conquista dos desafios grandes que Angola ainda apresenta nos dias de hoje, que o líder da UNITA considerou serem imensamente grandes.
O líder da maior força política na oposição em Angola, considerou que as mulheres continuam ser as mais sacrificadas da nossa sociedade, desde o sustento para os seus lares, sobre quem cai a responsabilidade da educação, da busca pelo alimento, até a luta pela autossuficiência.
O Presidente da UNITA defendeu que 80 por cento da economia do país é sustentada pelas mulheres através do trabalho informal, um trabalho de quem não tem defesas, de quem não tem contratos, não tem um salário fixo, trabalha individualmente, não tem protecção social; muitas vezes não protecção de segurança, não têm horário, não emprega terceiros.
Adalberto Costa Júnior, Presidente da UNITA, apelou ainda no quadro do reordenamento e o fim da venda ambulante em Luanda, às autoridades angolanas através da polícia nacional, a respeitarem as mulheres, e pondo termo aos actos de desumanidades as vendedoras e seus negócios, afirmando que, na regulamentação que nós temos vindo a acompanhar não puna quem tanto faz para nos alimentar, que tanto faz para nos educar, tanto faz para manter as dinâmicas desta sociedade; tenhamos a sensibilidade e o coração de tratar as nossas mamãs com respeito, educação, humanismo.
O líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, apelou a que as autoridades angolanas deixem de regulamentar na insensibilidade, de correr com as mamãs, com as kinguilas, de pontapear os produtos; de roubá-las ou de prendê-las.
Adalberto Costa Júnior qualificou de muito negativa a situação económica actual que o país atravessa, sustentando que, o país tem uma maioria do nosso país a enfrentar um desafio que é muito triste, numa Angola tão rica: a fome, a miséria, a extrema pobreza, o desemprego, a falências das empresas; este drama é vivido pelo nosso povo, também pelos nossos empresários; por aqueles que se habituaram a assumir riscos, a partir para desafios, a arriscar os seus próprios fundos e que enfrentam hoje dificuldades extremas; e que merecem todos eles a nossa solidariedade e a nossa atenção.
Durante a sua intervenção, o Presidente da UNITA classificou o seu partido de constituir um grande exemplo de democracia, constatada nos congressos de múltiplas candidaturas realizados pela sua força política, que se estendem às organizações de massas do partido, nomeadamente a LIMA e JURA.
O líder do maior partido na oposição no país falou também da falta de separação de poderes, da proposta do governo sobre a divisão político-administrativa do país e da província de Luanda, do anunciado Congresso Extraordinário do partido no poder, a pretensão de um terceiro mandato pelo Presidente da República e do MPLA, das violações da constituição pela Assembleia Nacional, bem como sobre os contratos simplificados autorizados pelo Presidente da República, João Lourenço, e defendeu o diálogo entre o governo o povo implementação de questões que mexem com a vida do cidadão.