A Frente Patriótica Unida – FPU, realizou esta quarta-feira, 23 de Outubro de 2024, uma conferência de imprensa que teve lugar no Hotel Skyna, em Luanda, para abordar sobre a situação social e política do país, bem como a situação da FPU no actual contexto político nacional.
Na sua comunicação apresentada pelo Coordenador da Frente e Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, a FPU felicitou a legalização do Projecto Político, agora partido político PRA-JA Servir Angola pelo Tribunal Constitucional, a 7 de Outubro de 2024, constituindo-se na mais nova força política do país.
De acordo com o Coordenador da Frente Patriótica Unidade, a FPU acolhe com entusiasmo a legalização do PRAJA-Servir Angola, parceiro firme nesta Frente e considera-a como uma vitoria suada dos seus membros, no quadro da solidariedade da Frente Patriótica Unida.
Durante a mensagem, o Coordenador da FPU, em nome da liderança da plataforma, apelou a anulação do censo geral da população e habitação, que decorre no país desde 19 de Setembro de 2024 e prorrogado para mais duas semanas, devido a desorganização manifestada no neste processo censitário, considerando igualmente que, o governo falhou na programação, na logística e na gestão dos recursos humanos; não tendo concluído o censo, no prazo internacionalmente recomendado, está agora, apesar do seu alargamento, envolvido em muitas incertezas e dificilmente terá um resultado fiável e confiável, quer para entidades nacionais, quer para organizações internacionais; todos vimos que o governo não proporcionou os meios materiais e financeiros necessários à realização exitosa do Censo 2024, como aconteceu em 2014.
“A FPU exige a anulação do Censo e a sua reformulação para ser executada de forma séria e credível por forma a ser um instrumento útil para a gestão do país”, disse o Presidente da UNITA, que em nome da Frente Patriótica Unida, instou o Presidente da República a apresentar as figuras do governo e da Assembleia Nacional envolvidos no contrabando de combustíveis a nível do país, uma acusação levantada pelo Chefe de Estado angolano no seu discurso do Estado da Nação, o que para o Coordenador Geral da FPU, o Presidente da República substitui-se ao Ministério Público, e que, se acha senhor de todos os poderes.
“A FPU insta o PR a informar à opinião pública e os órgãos de Justiça, quem são os altos responsáveis que estão implicados no contrabando dos combustíveis”, disse o Líder da FPU, acrescentando que, a FPU considera que o país não deve continuar a viver a realidade virtual que o regime autoritário impõe a todos os cidadãos, através do férreo controlo dos órgãos de comunicação social.
“A FPU apela a todos os cidadãos a conhecerem e a reivindicarem os seus direitos constitucionais, na busca de melhores condições de vida”, disse o líder da UNITA, que apela igualmente ao povo angolano para que faça do 50º ano da Independência o ponto de viragem para um regime que dignifique o esforço do povo para a conquista da Liberdade, Democracia e bem-estar.
“A FPU condena, nos termos mais veementes e enérgicos, os assassinatos políticos do Dr. Elvino Dias, assessor jurídico do candidato às eleições presidenciais moçambicanas, Venâncio Mondlane e do Dr. Paulo Nguambe, mandatário do partido PODEMOS, ocorridos no dia 19 de Outubro de 2024”, disse Adalberto Costa Júnior, instando as instituições angolanas e à Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) a pronunciarem-se sobre os atentados à vida, à restrição às liberdades de manifestação e à desvirtuação da verdade eleitoral.
A comunicação da FPU conclui afirmando que, é tempo de se acabar com os golpes institucionais, sublinhando ainda que, é tempo dos golpes merecerem as mesmas punições que são aplicadas aos golpes militares, e manifestou a firme posição da Frente, assegurando que, os parceiros da Frente Patriótica Unida reafirmam o compromisso que levou a criação da Frente, pelo facto de responder à vontade da sociedade para a concretização da Alternância politica que o nosso povo reclama e de que o país tanto precisa, para alcançar o desenvolvimento e bem-estar da população.