O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, manifestou esta sexta-feira, 04 de Outubro de 2024, na abertura do V Congresso Ordinário da LIMA, no Complexo Sovsmo, Município de Viana, Província de Luanda, a sua indignação pela situação sociopolítica e económica do país e das mulheres em particular, bem como da degradação dos direitos humanos, em que apelou as membros da organização feminina a passar à frente na mobilização da sociedade angolana.
Na ocasião, dirigindo-se às mulheres do braço feminino do seu partido, o líder da UNITA recomendou que a LIMA continue a constituir-se numa alavanca pró-activa na defesa do valor da família.
O Presidente da UNITA apontou também a violação da democracia, quando o país prepara-se para celebrar 50 anos de independência, realçando que, celebramos a independência nacional, mas a democracia, o estado de direito, o respeito pelos direitos humanos, a vida dos angolanos em dignidade são infelizmente inexistentes, numa altura em que o nosso país se prepara para celebrar 50 anos de independência.
“50 anos de independência, com cerca de 15 milhões de angolanos atingidos pela fome, cerca de 10 milhões em situação de extrema pobreza, com cerca de 5 milhões de crianças a sofrerem desnutrição e outro tanto fora do sistema de ensino”.
“Um país em que o partido do regime nega direitos constitucionais aos angolanos, um país onde um elevado número de angolanos continua ainda hoje, a ser privado do seu Bilhete de Identidade, por esse facto privado também de exercer a sua plena cidadania”, disse o líder da UNITA.
Durante o seu discurso, o Presidente da UNITA deplorou o enorme sofrimento que a mulher ainda passa no país, afirmando que, a mulher paga duplamente pelas realidades descritas, porque intervém de modo individual e intervém multiplamente enquanto chefe de família, de inúmeros lares mono paternais.
Adalberto Costa Júnior revelou estar seguro que, na digressão que as candidatas empreenderam pelas províncias do país, no contacto com as mulheres da LIMA e não só, puderam verificar a condição das mulheres e das suas famílias, das dificuldades e dos desafios que enfrentam, considerando a situação encontrada constituir-se num incentivo que seja aprofundado no debate das delegadas ao congresso.
O Presidente da UNITA sublinhou que, a UNITA tem vocação de tomar conta do poder por via democrática e exercê-lo para a realização plena de todos os angolanos, e defendeu que, na implementação deste projecto político do partido, a LIMA ocupa lugar de vanguarda, tendo em conta a posição maioritária da mulher e dos jovens em Angola.
“Assim, tal como no passado, na luta anticolonial e na da conquista de democracia, a LIMA tem de passar à frente na mobilização da sociedade angolana especialmente das mulheres e jovens para as grandes causas dos tempos de hoje”, disse líder partidário, acrescentando que, a UNITA tem um programa para governar Angola, inserido na sua programação estratégica, que tem de ser divulgado no seio das mulheres angolanas e não só, para o seu conhecimento e aceitação.
O Presidente da UNITA espera que, a LIMA deve continuar a constituir-se numa alavanca pró-activa na defesa do valor da família, enquanto estrutura nuclear da nossa sociedade, família como o lugar de garantia da ética e moral dos seus membros e que deve agigantar o seu patriotismo para os desafios da afirmação da cidadania plena da mulher angolana e dos angolanos, bem como preparar se para as eleições autárquicas e para a liderança das autarquias deste pais.
Adalberto Costa Júnior recomendou ainda que, a LIMA deve redescobrir formas e continuar como uma organização guardiã, pedagógica no debate político, nas iniciativas sociais e na partilha da cultura, para a genuína Reconciliação nacional e a construção da Nação Angolana, uma nação de todos, inclusiva, realidades tal como sublinhou, infelizmente adiadas e que não constituem prioridade na agenda de quem governa hoje este país.
“Exorto as delegadas a este Congresso a aprovarem linhas mestras para a revitalização da Alvorada como viveiro do partido e da Nação, observando os considerandos jurídicos da criança, ajudando a fazer crescer homens novos, partícipes e transformadores positivos de uma nova sociedade mais justa do que esta”, recomendou o Presidente da UNITA às delegadas ao Congresso.