Líder da UNITA revela que Angola está perante um dos seus mais difíceis momentos

A UNITA, realizou a sua terceira reunião órdinária da Comissão Política, que decorreu de 3 a 4 de Novembro de 2023, na província de Luanda, no Complexo Sovsmo em Viana, sob lema: “UNITA – Sustentabilidade e crescimento para a vitória”, que de acordo com o líder da UNITA, a reunião vai avaliar o balanço de execussão dos programas traçados e definir acções à desenvolver em 2024, com primazia para a realização das Autarquias Locais em todo o pais, entre outras questões. 

No discurso de abertura do evento, o Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, descreveu a actual situação socioeconómica do país como sendo das piores que já viveu na sua história, afirmou igualmente que, Angola está perante um dos seus mais difíceis momentos, do crescimento da pobreza e da exclusão.

“Hoje, passado um ano, estamos confrontados exactamente com um dos piores cenários económicos e sociais do nosso país, atingindo a estabilidade das famílias e atingindo a estabilidade das empresas. Com a inflação galopante, a moeda nacional sucumbiu perante as moedas estrangeiras. A sexta-básica, os demais produtos de primeira necessidade, os materais de construção: atingem valores proibitivos, e a inexistência de políticas impeditivas de especulação económica, fazem com que mesmo o que a natureza nos oferece, como a areia, o burgal, a pedra tenham também disparado de volor, como jamais visot em Angola, deixando as famílias numa situação de estabilidade. Angola está de facto perante um dos seus mais difíceis momentos, de crescimento da pobreza e da exclusão”.

Para o Presidente Adalberto Costa Júnior, “o povo angolano está exposto aos interesses de uma classe política e infelizmente corrupta, exposto a governantes comerciantes atirados a acumulação primitiva de capitais, perante um silêncio medroso, ou interessseiro das restantes elites do poder”.

A responsabilidade do desastre que atinge o país, não é apenas de um presidente autocrático, que não houve ninguém, que não sabe dialogar; que nega a participação pública aos partidos políticos na oposição e à sociedade civil. A responsabilidade é estendida aos membros da sua direcção, aos deputados que votam, mesmo que em violação das leis, demonstrando ao país que aquele partido coloca os interesses de grupo acima dos interesses nacionais”.

Adalberto Costa Júnior disse que, “Angola só encontrará esperança com uma genuína alternância política, pois o progrma do partido que está no poder é um programa de manutenção do poder, a qualquer preço em detrimento do interesse nacional”.

O líder da UNITA lembrou trabalho que classificou de parcial, prestado pela CIVICOP, através do qual, o governo angolano deu tratamento diferenciado aos membros dirigentes do MPLA e milhares de seus militantes, mortos pelo seu próprio partido à 27 de Maio de 1977 e aos dirigentes da UNITA mortos em Luanda, sob controlo do governo no conflito pós-eleitoral de 1992, bem como o tratamento dado aos membros e dirigentes da UNITA mortos nas áreas controladas pela UNITA, na Jamba e Bié, que na posição do responsável partidário.

“Este ano o país todo e o mundo testemunharam a postura traiçoera e manipuladora do regime que pretendeu transformar um programa de paz e de reconciliação nacional, o CIVICOP, num instrunemento de divisão e de ódio, entre angolanos. As famílias das vítimas do 27 de Maio que levaram as ossasdas às especialistas provaram que as mesmas não pertenciam aos seus familiares! Este foi um dos mais tristes espisódios que o ano nos mostrou. A manipulação da dor, a manipulação do sofrimento, em busca de vantagens partidárias”.

Para o Presidente da UNITA, “nesta III Reunião da Comissão Política, vamos avaliar o balanço de execussão dos programas traçados e definir acções a desenvolver em 2024. Das acções a levar a cabo na sequência desta reunião, daremos primazia ao aprimoramento dos métodos de mobilização do povo para o desafio das autarquias e para o desafio da alternância, que deve começar com a implementação indiscutível, do primeiro ponto aqui citado. É fundamental que Angola consiga realizar em 2024, as eleições locais, em simultâneo e em todo o país”.

“Nós sabemos que o regime anda a fugir deste compromisso que várias vezes tornou público, mas é obrigação da UNITA, e dos seus parceiros e da sociedade angolana em geral forçar o regime a concretizar esta importante componente da participação democrática, componente de promessas repetidas ao longo dos últimos anos”, disse Adalberto Costa Júnior que apelou a condenação e reacção de toda a sociedade angolana contra o governo angolano, pelo desta não emplementação até o momento as Autarquias Locais no país.

“Nós pensamos que a confissão de que Angola é o único país pela região da SADC que não tem implmentado o Poder Local tem de dar lugar a uma condenação e reacção de toda a sociedade, penalizando quem não cumpre, sociedade esta, refém do regime. Angola sob regime do MPLA não é, infelizmente exemplo algum a seguir em matéria de liberdade, em matéria de democracia, em matéria de justiça social. Não é exemplo. Estamos e temos vindo a vender ilusões ao mundo, investindo cada vez mais em propaganda. E, não é essa via que devemos”.

A III Reunião Ordinária da UNITA tem lugar todos os fim-de-ano nos intervalos dos Congressos para analisar a vida interna desta força partidária, proceder os balanços e traçar as perspectivas, bem como analisar a situação do país.

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