Angolanos em Portugal manifestam-se esta quinta-feira, 25 de Abril de 2024, em Portugal frente à Assembleia da República, contra a presença do Presidente angolano, João Lourenço, convidado a participar das festividades dos 50 anos da “Revolução dos Cravos” – que assinala o golpe de estado militar sem derramamento de sangue, ocorrida em Portugal em 1974, que depós o governo salazarista português, abrindo o país para a liberdade e democracia.
Os manifestantes diziam palavras como “João Lourenço é ditador”, “abaixa a ditadura”, “abaixa o comunismo”, “ditadura nunca mais”, “João Lourenço é assassino”, “João Lourenço é corrupto”, “os angolanos estão a morrer, Portugal é conivente”, entre outras palavras de ordem, e exibiam cartazes, que estavam escrito: “Presidente da República de Angola é ditador; o 25 de Abril não se reflecte na liberdade das províncias ultramarinas; ditadores não são bem vindos à festa da democracia”.
Uma das activistas mais que mais se intervia disse, considerou o Presidente angolano como bandido, e causador da desgraça do povo, e defendeu que João Lourenço fosse prendido em Portugal.
“Ditador João Lourenço. João Lourenço é ditador. Prendem João Lourenço. João Lourenço é bandido; João Lourenço é assassino; João Lourenço é a graça do povo angolano, João Lourenço é bandido, João Lourenço é gatuno deixa o povo na miséria extrema; deixa o povo a morrer a fome, deixa o povo a morrer nos hospitais por causa de medicamento, deixo o povo sem educação, deixa o povo sem saúde; João Lourenço é bandido, João Lourenço é assassino do povo angolano; João Lourenço fora. Ditador!”.
“João Lourenço é ditador. Ditadura não! Ditadura não! João Lourenço fora! João Lourenço apareça aqui, venha ouvir as nossas palavras. Precisamos de ti, tens de nos ouvir. Bandido. Ditadura não! Ditadura não! Ditadura não!”, protestou a activista.
No seus pronunciamentos nesta noite no Centro Cultural de Belém, sobre a data comemorativa, João Lourenço defendeu que depois do país ter alcaçado a sua independência nos anos 70, os países como Angola e Moçambique, tiveram de enfrentar ainda a invasão dos seus territórios pelas forças do regime do apartheid da África do Sul, tendo os vencido na batalha do Cuito Cuanavale, estando hoje o país empenhados no desenvolvimento económico e social, e com o desafio da consolidação da democracia.
Entretanto, a história contada pelo partido no poder em Angola sobre a batalha do Cuito Cuanavale é desmentida por dirigentes da UNITA militares que participaram da célebre batalha, como não sendo verdadeira e imparcial.
“O desafio de hoje é o da consolidação da democracia, da diversificação e fortalecimento das nossas economias; do aumento da oferta de bens e serviços, do aumento das exportações e do aumento da oferta de postos de trabalho, para a redução do desemprego”, sustentou o chefe de estado angolano. Em Belém, onde o Presidente angolano proferiu discurso, também foram ouvidas as vozes de protestos contra o responsável do governo angolano, mesmo em plena hora da noite.