Presidente Adalberto Costa Júnior rende homenagem a Maria Sande Lemos

Foi com profunda tristeza que tomei conhecimento do falecimento de Maria João Sande Lemos, ocorrido em Lisboa, Portugal, vítima de doença.

Defensora de causas nobres, Maria João Sande Lemos foi uma personalidade política portuguesa com raízes em Moçambique, cuja luta pelos direitos cívicos, sociais e políticos atravessou as fronteiras da sua Pátria.

Em várias tribunas do mundo no decorrer da guerra civil  angolana,  Maria João Sande Lemos bateu-se com muita coragem e convicção, pela paz e pela democratização de Angola.

A fundação do estado democrático e de direito em Angola, firmada nos Acordos de Paz de Bicesse de 1991 e o fim do conflito militar em 2002 contaram com o inestimável contributo desta mulher de grandes causas, que ao lado das suas companheiras Maria Antónia Palla, Maria Adelaide Lucas Pires, Maria José Nogueira Pinto, Margarida Lima Mayer, e demais ilustres portuguesas, puseram em acção o Fórum Português Para a Paz e Democracia em Angola, cuja intervenção e influência marcaram profundamente a história recente do nosso país.

Assim, foi a contar também com o engajamento desta grande senhora ao lado de outros democratas portugueses que, em 1990, o Presidente fundador da UNITA, Dr. Jonas Malheiro Savimbi, pode visitar Portugal, o que serviu para dar um significativo impulso as negociações de paz entre o Governo da República Popular de Angola e a UNITA. Foi Observadora nas Eleições Angolanas de 1992 e nas de 2008.

Maria João Sande Lemos trabalhou na Comissão para a Igualdade dos Direitos das Mulheres e participou em conferências da Organização das Nações Unidas sobre a mesma causa. Esta ilustre personalidade participou na fundação do Movimento Internacional Católico pelos direitos das mulheres na Igreja Católica.

Neste momento de dor e de profundo pesar em que esta ilustre figura parte para a outra dimensão da vida, curvo-me perante a sua memória, agradecendo, em meu nome pessoal e no  dos membros da UNITA, a solidariedade e a atenção que nos momentos mais críticos do nosso país ela soube prestar a Angola e aos angolanos. Angola ficou sem uma grande defensora e todos nós os que a acolheram nas diversas ocasiões na Jamba e em Luanda, quando foi imperioso impulsionar as vias da busca pela paz e a democratização de Angola, lamentamos profundamente esta perda.

À família enlutada, ao Partido Social Democrata de que a malograda foi fundadora, e ao Fórum Português para a Paz e Democracia em Angola, deixo expressos os nossos mais profundos sentimentos de pesar.

Que a sua alma descanse em Paz.

Luanda, 5 de Junho de 2024.

Adalberto Costa Júnior

Presidente da UNITA

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