A JURA – Juventude Unida Revolucionária de Angola, braço juvenil da UNITA, celebrou e reflectiu nesta segunda-feira, 28 de Outubro de 2024, em todo o país, os 50 anos de existência desde a sua criação em 1974, pelo Presidente fundador do Partido, Jonas Malheiro Savimbi, na Localidade de Úria, província do Moxico, que neste ano comemora-se sob lema: JURA, 50 anos de luta pelos jovens e por Angola, cujo acto central aconteceu no Complexo Sovsmo, em Viana, na Província de Luanda.
O programa comemorativo que se vai prolongar até o próximo mês de Dezembro deste ano, contou com várias mensagens destacadamente a do Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA e a moção de apoio da LIMA, com o ponto para a mensagem do Secretário-Geral da UNITA, Álvaro Chikwamanga Daniel, que apelou à JURA a assumir atitudes de maturidade e muita responsabilidade.
Para o responsável partidário, 50 anos de existência da JURA, representam crescimento e maturidade, a JURA está adulta, porque tem muitos partidos políticos angolanos, africanos, europeus; queçá asiáticos e americanos, não têm a idade da JURA.
“A JURA atingiu com os 50 anos, a idade do juízo, a idade das realizações, a idade dos balanços. Porque, muitas gerações marcaram a sua trajectória. O seu currículo é assim muito rico”, o Secretário Geral da UNITA.
De acordo com Álvaro Chikwamanga, ao atingir a idade do juízo, impõe-se que os seus membros, ainda que constituídos por gente de idade inferior à sua organização, tenham de assumir atitudes de maturidade e muita responsabilidade.
Segundo Álvaro Chikwamanga, aa sua trajectória, a JURA esteve sempre presente lá onde foi chamada a participar, lembrando que, JURA começou apenas como um instrumento de mobilização, nas aldeias e nas vilas, para engrossar o então, movimento de libertação e o seu braço armado, as FALA.
No seu discurso em que recordou a participação da JURA na luta anticolonial e à luta pela democracia que culminou com a instauração do sistema democrático no país, transcorrendo também pelo passado recente do país, e da frustração dos anseios do povo nas eleições de 1992, e assassinato na sua flor idade de altos dirigentes do seu partido e o massacre e centenas de jovens pelo partido-estado, ocorridos em Luanda e noutras partes do país, tendo incentivado a juventude a estudar esta história de Angola de forma desapaixonada para dela tirar lições do que dividiu os angolanos no passado, potenciando e projetando o que deve unir os angolanos hoje, na construção de um país inclusivo, garante do bem-estar de todos seus filhos.
Álvaro Chikwamanga Daniel espera que os erros do passado não devem bloquear nem ofuscar o futuro dos angolanos nem da juventude em particular, apelando à JURA a debater a questão com todos os jovens, inclusive os jovens de outras forças políticas, considerando ainda, que o futuro do nosso país tem sido minado ou hipotecado, por medos e receios e desconfianças e espera, que a juventude e a JURA, em particular a estarem atentos às manobras do partido no poder sobre as autarquias locais, sobre a atribuição de mandatos na Comissão Nacional Eleitoral, o comportamento do partido-estado na rejeição da proposta do Grupo parlamentar da UNITA da actualização da lei sobre o direito de manifestação, as manobras do do partido no poder na configuração da actual lei contra o vandalismo de bens públicos e entre outras leis, e a trabalhar para esbaterem estes elementos a quais chamou de medos.
O Secretário-Geral da UNITA defendeu que, a luta da JURA e da juventude angolana em geral, situa-se hoje na defesa das instituições democráticas e na afirmação do estado de direito como garantias de liberdades individuais, da justiça, da igualdade de oportunidade entre os angolanos, da legalidade dos actos políticos e administrativos praticados por titulares do poderes políticos.