O maior partido na oposição em Angola – UNITA, no Kwanza Sul, realizou nesta terça-feira, 22 de Julho de 2024, uma conferência de imprensa para falar sobre a real situação socioeconómica e política da província, onde procedeu um balanço geral das dificuldades vividas pela parcela territorial.
Manuel Armando Kakepa, Secretário Provincial da UNITA no Kwanza Sul, desejou boas vindas à nova governadora provincial, Mara Domingos Quiosa, nomeada pelo presidente da República para governadora daquela província em substituição de Job Castelo Kapapinha, e prometeu a entrega numa audiência com a governadora de um memorando que contém ao pormenor todos os problemas desta Província.
Kakepa augurou à nova inclina do governo provincial a fazerem diferente do anterior, para o bem da população da região.
O secretário Provincial da UNITA naquela parcela do país promete estar atento aos passos do novo governo provincial, e prometer apresentar apresentar após 6 meses, o balanço do presente consulado, e garantiu que o seu partido dará sempre o seu contributo para um Cuanza-Sul melhor desde que não sejam fechadas as portas do dialogo permanente.
Na sua declaração Armando Kakepa apresentou um Kwanza Sul, com falta de quase tudo, sem infraestruturas nos 12 Municípios e 36 Comunas; falta de água em todos os Municípios com maior Grito aos Municípios do Porto Amboim, Seles, Quilenda, Amboim Gabela, Ebo, Quibala, Libolo, Mussende e uma boa parte dos Bairros da Cidade Capital da Província, 90% de Chafarizes Construídos já não jorram água.
A falta de energia elétrica sobretudo para os Municípios do Seles, Conda, Quilenda, Mussende, Ebo, Cassongue e parte significativa dos Bairros das Sedes Municipais da Cela Waco-Kungo e Quibala neste último, que se encontra sem água nem Luz.
O responsável provincial denunciou também a existência de cem por cento das vias secundárias e terciarias, todas elas degradas, e com maior realce, as estradas que ligam as Comunas do Gungo, Botera, Atome, Pambangala, Sanga, Cunjo, Assango, Capolo, Quirimbo, São Lucas, Cabuta, Quissongo, Munenga, Sede Calulo, Lonhe, Cassanje e Kienha, todas elas totalmente degradas.
Armando Kakepa denunciou ainda, centenas de obras abandonadas e outras inacabadas, que incluem dezenas de centro médicos e postos de saúde, bem como obras descartáveis sob olhar silencioso dos Governantes locais.
A superfacturação em muitos projectos inscritos em todos os orçamentos, sobretudo projectos de Construção de Escolas, Hospitais e Estradas; superfaturação na compra de geradores para as Sedes Municipais, com qualidade de segunda e terceira mão.
Falta de diálogo entre governantes e governados; a falta de um Hospital Pediátrico para acudir a demanda; a falta de Universidades Públicas, que obrigada a juventude a percorrer distâncias para o alcance desses serviços às províncias de Luanda, Malanje, Kuanza-Norte, Huambo, Bié, Benguela e Huíla.
A falta de BI (Bilhete de Identificação) sobretudo nas Zonas recônditas foi igualmente denunciado pelo responsável provincial, que na ocasião apontou também a partidarização dos órgãos de Comunicação públicos/ Rádio Cuanza-Sul e TPA, as políticas selectivas da distribuição do Kwenda.
Segundo Kakepa, muitos projectos em cada ano económico culminam sempre em obras inacabadas, abandonadas, e outros projectos bem inscritos no orçamento nunca arrancam, mas que anualmente aparecem nas propostas orçamentais da Província e aprovados pela Assembleia Nacional, apontado também a falta de extensão de telefonia móvel, destacadamente às Comunas do Gungo, Botera, Atome, Cunjo, Sanga, Lonhe, Quissongo, Kienha, para além de outros vários problemas levantados pelo Secretário Provincial da UNITA, na província do Kwanza Sul, Armando Kakepa, que deixou também recomendações à nova governadora.
